Karoline dos Santos Oliveira, ou Karol Conka será uma das muitas atrações do Lollapalooza desse ano. Ela é uma cantora de Rap nascida em Curitiba em 87. Karol começou sua carreira aos 16 anos após ganhar um concurso musical da escola.
Mesmo sem ter parentes no ramo musical, Karol decidiu abraçar esse mundo e participou de dois grupos de Rap antes de partir para a carreira solo. Com suas músicas na plataforma MySpace, ela foi alçada e começou a fazer parcerias com o Projota, por exemplo. A partir desse ponto, sua carreira decolou.
Outra participação interessante de Karol com outros artistas foi a com o Tropkillaz (grupo eletrônico) com a música Tombei que pode ser conferida logo abaixo.
Mesmo sem ter parentes no ramo musical, Karol decidiu abraçar esse mundo e participou de dois grupos de Rap antes de partir para a carreira solo. Com suas músicas na plataforma MySpace, ela foi alçada e começou a fazer parcerias com o Projota, por exemplo. A partir desse ponto, sua carreira decolou.
Outra participação interessante de Karol com outros artistas foi a com o Tropkillaz (grupo eletrônico) com a música Tombei que pode ser conferida logo abaixo.
Batuk Freak é o primeiro álbum dela e vem com uma mistura muito louca de muitos ritmos, desde o Rap até ritmos africanos do Candomblé. É um disco bem eclético e dançante, mas não deixa de ter letras fortes e críticas à sociedade.
Conka teve a produção de Nave, que para ela é um dos melhores produtores do meio, ao tentar deixar o lado de cada MC aflorar. Mas ele tem a assinatura de quase todas as canções junto com Karol.
O álbum começa com Corre, Corre Erê que tem uma pegada bem afrobeat com um sample que parece alguma música do Nação Zumbi e aborda a questão da criança interior que temos que sempre quer correr por aí e desbravar o mundo. Erê no candomblé é a criança interna de cada pessoa e o intermediário da pessoa para seu orixá.
Gueto Ao Luxo começa com tambores parecidos com os do Olodum e tem uma batida eletrônica interessante. Traz a questão que o Gueto está mais dentro do luxo que se imagina. Mostra a dicotomia entre ambos os mundos, mas mostra quando eles se assemelham também.
O álbum continua com uma espécie de repente que se transforma numa batida em loop e traz o empoderamento feminino como mote. De botar a cara no sol e ir conquistar as coisas que queiram, sem se preocupar com o que possam dizer. E tudo está retratado em Vô Lá.
Gandaia: com esse nome, não é necessário dizer sobre o que a música canta. Diversão é o que essa música traz com sua batida envolvente e bem marcada. Ótima canção para bater cabelo "Cazamiga" e curtir até o Sol nascer.
Você Não Vai é uma canção para quem gosta de criticar e colocá-la para baixo, com um mote de superação e "de que eu consegui e cheguei lá ao contrário de você". Tem uma pegada mais Rap, com ótimas rimas. Bate A Poeira continua na linha de crítica, mas busca trazer o respeito e a paz para as diferenças que temos na vida: credo, classe social, raça, gênero, sexualidade e afins. O que você deve fazer é bater a poeira das críticas e seguir sua vida.
A metade do álbum já chegou e nem se sente ele fluindo. O tempo passa e não se sente, a batida é o que se sente e com isso se chega à sétima composição do disco que conta com a participação de Rincon Sapiência e num estilo Reggae/Dub Sandália vem cativando os ouvidos nesse grito de liberdade feminina de busca pelo mundo sem se importar como, apenas indo cada dia após o outro.
Mundo Louco e Que Delícia mostram um pouco do lugar que Karol veio e como ela se sente com relação ao sexo e aos prazeres carnais com uma batida sensualizante e com um violão na marcação.
Olhe-se tem a participação de Tuty e com uma pegada de Rap mesmo vem como um mantra para que você se olhe e se conheça. Já dizia Sócrates: "Conheça a ti mesmo". Então vamos pegar esse espelho imaginário e nos conhecer fisica e mentalmente.
Boa Noite já havia sido lançado como um single pela MTV em 2011 e tem uma pegada de saberes tradicionais com um cântico entoado por mulheres e mostra símbolos musicais de Karol e tudo o que aprendeu nessa sua caminhada. O álbum termina com a música Caxambu, a única que Karol não assina. Com uma pegada de Funk e batidas de tambores a música flui. Caxambu é um ritmo musical de origem africana que chegou ao Brasil há muito tempo atrás e é tido como o norteador do Samba Carioca.
Espero que gostem desses 39 minutos de misturas com elementos antigos com coisas novas. Até amanhã.
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