quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Marina And The Diamonds- FROOT


     Marina Lambrini Diamandis é uma cantora galesa que se apresenta como a alcunha de Marina And (ou &) The Diamonds. Diamonds significa diamantes em inglês e a escolha de seu nome artístico se deve ao fato de seu sobrenome "Diamandis" também significar diamantes, porém em Grego.
     Muita gente imagina que Diamonds seja uma referência a sua banda de apoio, porém Marina declarou em seu MySpace que "I'm Marina, You´re the diamonds" e com isso ela chama o seu público de diamantes.
     Marina irá se apresentar nesse ano no Lollapalooza em São Paulo depois do cancelamento no ano passado de sua apresentação no mesmo festival devido a um atraso de vôo. Agora, imagino que os fãs torçam para que tudo ocorra bem na vinda da cantora para o Brasil. Houve um boato que Marina não pegara o vôo devido ao fato de estar numa balada. Mas nada foi confirmado oficialmente (até onde sei).
     O som de Marina é uma miscelânea de sons que dialogam com o pop, eletrônico e o rock alternativo (bem a cara do Lollapalooza na minha opinião). FROOT é seu terceiro álbum de estúdio com 12 músicas que permeiam a solidão, a tristeza, a natureza humana, a auto-crítica entre outras coisas. Tudo isso com uma pegada leve e dançante.
    O álbum começa com Marina cantando à capela em Happy cuja letra não é bem feliz assim, o álbum tem 53 minutos de duração e é uma delícia de se ouvir quando se está distraído ou prestando a devida atenção.
     Froot é a segunda música do disco e homônima ao álbum e vem como uma balada de certa forma oitentista especialmente pela batida e pela modulação da voz de Marina. I'm A Ruin é uma auto crítica de Marina sobre ela se amar demasiadamente de uma maneira egoísta.
    Blue é a quarta do álbum e traz uma temática de rompimento de relacionamento e aquele medo de ficar sozinha/o e por mais que você não goste mais da pessoa, você quer insistir para não mais se sentir triste e solitário/a. Tudo isso ao som de um sintetizador com um ar de balada para não deixar a melancolia bater. Forget é uma canção que fala sobre tentar esquecer e seguir em frente, mesmo que você não seja aquela pessoa forte.
     Gold é a sexta música e aborda a questão de dinheiro e coisas que não podem ser compradas, como o amor por exemplo. A música tem letra bastante forte e segura. Gostei das rimas internas dos versos que Marina fez com Eldorado e Colorado e adorei às analogias com ouro, especialmente a Midas (o Rei que em tudo que tocava, virava ouro). 
     Can't Pin Me Down é uma música que pode ser definida com uma palavra: empoderamento. É uma canção sobre as mulheres do século 21 e o fato de que estão cansadas de serem tratadas como objeto descartável. Essa canção busca abrir os olhos especialmente de mulheres que se condicionam e aceitam o Status Quo. Serve também como um recado para nós homens que o mundo já deu voltas demais para continuarmos com certos pensamentos.
     Solitaire é a sétima canção dessa obra e uma das mais melancólicas da mesma. Aborda a questão da solidão como refúgio para pensar na vida, nos erros e nos acertos. Acredito que ela captou muito bem nas palavras e na harmonia da música como é essa sensação de reclusão para parar um pouco com as atribulações da vida. Solitaire emenda muito bem com Better Than That que versa sobre uma mulher que sabe o que quer e não mede esforços para conseguir. Ela não idealiza príncipes encantados e não está esperando por ele como uma princesa Disney. Ela vai viver, experimentar, saborear o mundo e quando acha algum potencial, a única coisa que pensa é que poderia ser melhor.
     Weeds possui um belo solo de guitarra apesar de curto e traz aquela lembrança de que se poderia fazer um jardim com tantos flores que ela recebera na vida. Mas ela não consegue cortar o mal pela raíz. Savages traz a questão da violência humana, como o atentado na maratona de Boston e como sempre queremos mais e não medimos esforços para conseguir; mesmo que custe outras pessoas. A canção tem  muitas frases de impacto, como: "Eu não tenho medo de Deus/ Tenho medo do homem" (Tradução livre feita por mim).
     Immortal encerra esse disco com uma pitada de morbidez e melancolia através dessa balada de 5 minutos que traz a tona a vontade de se viver para sempre. O que se conclui é que a única certeza que temos é a morte, mas podemos dar um jeito de sermos imortais, especialmente quando se está no coração de alguém.
    Espero que gostem do álbum e que for ao Lolla, confira o show dela. Ano passado ela já estava prometendo muitas coisas. Talvez esse ano, ela surpreenda. Até a próxima.
     


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